A Polícia Federal, com a colaboração do Ibama, desencadeou na madrugada desta quarta-feira, na capital e interior do estado do Rio, a Operação Euterpe com o objetivo de desarticular uma quadrilha formada por empresários e servidores do Ibama, que atuavam na área de fiscalização do instituto. Pelo menos 29 pessoas já foram presas, entre elas, 25 servidores públicos federais. Todos estão na Superintendência da PF, na Praça Mauá, no Centro.
As investigações tiveram início em julho de 2005, tendo sido provocadas por denúncias de servidor do Ibama, que relatou irregularidades na Reserva Biológica do Tinguá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A quadrilha atuava de diversas maneiras, sobre diferentes setores da iniciativa privada. Os servidores públicos federais envolvidos, responsáveis pela fiscalização do Ibama, extorquiam empresários do ramo imobiliário, comercial e industrial, em troca da emissão de pareceres técnicos favoráveis a seus respectivos empreendimentos, quase sempre localizados em áreas de proteção ambiental. Outra área da atuação da quadrilha era o recebimento de propina relacionada à pesca da sardinha, que era realizada no período do defeso época de procriação da espécie.
Estão sendo cumpridos 32 mandados de prisão temporária e 36 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de São João de Meriti. Duzentos policiais federais das Superintendências do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais participam da operação, além de servidores do Ibama.
Os presos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, corrupção ativa, violação de sigilo funcional, concussão e crimes ambientais. Os presos ficarão à disposição da Justiça Federal na custódia da Polinter.
A operação Euterpe conta com a presença do Presidente do Ibama, Marcus Barros, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que estão no Rio.
O Dia
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