A decisão de transferir o traficante Fernandinho Beira-Mar da sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, para o presídio federal de Catanduvas (PR) se deu após agentes constatarem que, mesmo preso, o criminoso continuava a coordenar operações de tráfico internacional de drogas. O flagrante foi possível porque a PF infiltrou um agente na cela de Beira-Mar e, por meio do policial disfarçado, levou até o traficante um telefone celular monitorado.
Nas conversas gravadas pela PF, Fernandinho Beira-Mar foi flagrado negociando a entrega de 230 quilos de cocaína proveniente da Colômbia para a favela que leva seu nome em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Graças à descoberta, a PF apreendeu na terça-feira passada, na rodovia Presidente Dutra, o caminhão que transportava a droga. Na mesma operação, a polícia encontrou ainda seis quilos de haxixe e 30 quilos de crack. A cocaína, sozinha, valeria cerca de US$ 3 milhões.
Trasnferido na quarta-feira passada para Catanduvas, um dia após a apreensão, Beira-Mar foi o primeiro e até agora é o único criminoso a ocupar a recém-inaugurada unidade prisional – que está prestes a receber mais detentos, inclusive lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Beira-Mar quer reaver visitas íntimas
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, logo após chegar a Catanduvas o traficante questionou agentes sobre quando poderia ter visitas íntimas – única oportunidade em que detentos podem repassar ou receber informações sob sigilo. Um policial federal que participou da transferência testemunhou o comentário.
Redação Terra
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