A assistente social Gegliola Campos da Silva é uma das autoras do livro “Lições Essenciais de Segurança Pública – A Sociedade Brasileira na Adversidade da Pandemia Covid-19”, obra organizado pelo policial federal aposentado Roberto Darós que busca fomentar o debate sobre questões essenciais para a modernização das organizações segurança pública.

A proposta da obra é transdisciplinar, reunindo autores e estudiosos de várias áreas. Mestranda em Segurança Pública, com especialização em Gestão da Administração Pública e graduações em Direito e em Serviço Social, Gegliola divide espaço no livro com importantes doutrinadores do mundo jurídico.

O reconhecimento não é por acaso: a colega assina capítulo que aborda a relação entre a atividade de risco e o adoecimento mental e os suicídios de policiais. Após inúmeras pesquisas na área e diversas participações em congressos, Gegliola consegue falar sobre o tema com desenvoltura e autoridade, repetindo o alerta sobre a importância de medidas preventivas para identificar processos de adoecimento e evitar o agravamento de problemas biopsicossociais.

O debate ganha ainda mais relevo em função da pandemia de Covid-19. Com diversos servidores trabalhando confinados em casa, discutir iniciativas de prevenção se torna ainda mais importante para garantir que os colegas mantenham a sanidade durante a quarentena.

“O foco do meu trabalho é alertar para a importância da implementação de programas institucionalizados de atenção biopsicossocial. Os objetivos são minimizar os riscos físicos e mentais a que os trabalhadores dessas instituições estão expostos e maximizar as estratégias de proteção ao adoecimento”, explica a colega.

Para que a meta seja alcançada, Gegliola afirma ser fundamental fortalecer as equipes de saúde biopsicossocial dos órgãos policiais, mediante a contratação de mais profissionais de saúde (assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos, médicos, etc.). Além disso, ela defende que certas “premissas ultrapassadas” sejam revistas na gestão das organizações de segurança pública. “O trato da saúde mental precisa ser incorporado como parte da rotina de trabalho, numa lógica de autocuidado e garantia de direitos”, explica a colega.