A presidente Dilma Rousseff definiu nesta segunda-feira (14) que o subprocurador-geral da República Eugênio Aragão é o novo ministro da Justiça.
 
A indicação de um nome ligado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e sem vinculação política teve como objetivo evitar que a escolha fosse interpretada como uma tentativa de interferir nas investigações da Operação Lava Jato.
 
Aragão substituirá Wellington Lima e Silva que, na quarta-feira (9), foi proibido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de acumular a carreira de procurador da Bahia com o cargo na Esplanada dos Ministérios. Nesta segunda, Silva apresentou sua carta de demissão.
 
"Pedi para a presidente Dilma Rousseff para sair devido a essas circunstâncias. Foi uma decisão pessoal", afirmou o agora ex-ministro àFolha.
 
Apesar de também ter um cargo no Ministério Público Federal, o novo ministro não precisará renunciar à sua posição pois entrou na carreira antes de 1989 e, portanto, a regra presente na Constituição Federal não se aplica a ele. A cerimônia de posse ainda não foi marcada.
 
Indicado pelo ministro Jaques Wagner (Casa Civil) para substituir José Eduardo Cardozo, que acabou deslocado para a Advocacia-Geral da União devido a desgastes acumulados com a Operação Lava Jato, Wellington Lima e Silva ficou no cargo por apenas onze dias.