Os administrativos da Polícia Federal cruzam os braços na próxima quarta-feira (30) em protesto contra a falta de respostas do governo para pleitos históricos da categoria. As reivindicações incluem a regulamentação em lei de atividades de fiscalização e de controle exercidas há anos pela categoria e a nomeação do cadastro reserva do último concurso, realizado em 2014, para reforço dos quadros.
O SINPECPF, sindicato que representa a classe, esclarece que a regulamentação das atribuições não prevê impacto financeiro. O desejo dos servidores é que a participação deles em atividades finalísticas seja regulamentada em lei, deixando claro o papel da carreira dentro da Polícia Federal. “Já atuamos há anos em atividades como controle migratório e fiscalização de empresas de segurança privada. São atividades-fim que fazemos na prática e queremos ver registradas no papel, para nossa segurança e valorização”, ressalta Leilane Ribeiro, presidente do SINPECPF.
Para deixar o recado claro, a categoria vai apelar à criatividade: às 8h30 da quarta-feira (30) os administrativos da PF se reunirão na Praça dos Três Poderes para enviar recado à presidente Dilma. Para tanto, contarão com a ajuda de uma revoada de pombos-correio. “Como o governo não nos escuta pelos meios tradicionais, vamos usar um método diferente de comunicação”, esclarece Leilane.
Apesar do bom humor, o protesto dos administrativos prejudicará as atividades da Polícia Federal. Durante a paralisação, ficarão comprometidos o suporte às atividades policiais, a emissão de passaportes, o registro de estrangeiros no país, o controle de entrada no país de produtos químicos importados e a fiscalização de empresas de segurança privada, entre outras atividades.
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