“No que depende da gente, a presidente visitaria o Rio a cada três meses”. A frase é dos colegas cariocas que estiveram presentes na reunião promovida pelo SINPECPF na capital fluminense na última segunda-feira (23). Os colegas acreditam que uma presença maior no estado fortaleceria os laços de comunicação entre sindicato e filiados.

Leilane esclareceu que visitas tão regulares são inviáveis, porque o sindicato é nacional e porque o foco político está em Brasília. “Precisamos cuidar de 26 estados e do Distrito Federal. Seria impossível visitar todos os estados com tanta frequência”, explicou. Ela lembrou ainda que a direção do sindicato visitou todos os estados durante seu mandato e que sempre buscou atender solicitações formais de reunião.

Na avaliação da presidente, o sindicato consegue atender a todos estados de forma satisfatória. “Temos um escritório de advocacia que atende todo o país. Basta o filiado requerer a assistência”, ressaltou, lembrando ainda que toda a atuação sindical é relatada no site e pelas redes sociais, que podem ser acessados de qualquer ponto do planeta. Ela também destacou a criação de informativo impresso (Valor Administrativo) e de uma linha gratuita (0800-644-1178) para que todos os filiados possam ligar para o sindicato sem custo algum, de qualquer ponto do país.

A presidente frisou que a maior parte da atividade política ocorre em Brasília e recomendou que os representantes entrem em contato com os parlamentares dos estados, marcando reuniões. “Se for preciso, o sindicato levará o representante até Brasília para participar do encontro”.

Os colegas cariocas também apresentaram pauta de ações prioritárias, cujos principais itens são exatamente aqueles mais defendidos pelo SINPECPF: combate ao desvio de função e à terceirização irregular; incorporação das gratificações na aposentadoria e isonomia de benefícios entre os poderes.

Outra importante reivindicação dos colegas é que o sindicato lute pela instituição de subsídio para os integrantes do PECPF. “É uma questão polêmica”, adiantou a presidente. “Mas me comprometo a levá-la para a próxima AGE”, completou.

Questionada por uma colega sobre se o SINPECPF havia notificado os sindicatos policiais cobrando que administrativos não pudessem mais se filiar neles, a presidente esclareceu nunca ter agido desta forma. “Isso não é verdade. Quem notificou os sindicatos foi o Ministério do Trabalho, quando obtivemos o registro sindical”, pontuou. “E a notificação foi para esclarecer que os sindicatos policiais não poderiam representar a categoria administrativa em juízo ou politicamente. Ou seja: eles não podem tomar decisões pela nossa categoria. Mas a filiação nunca foi proibida”, concluiu.

Reunião com o superintendente — Após o diálogo com os colegas cariocas, a presidente Leilane Ribeiro se reuniu com o superintendente regional do Rio de Janeiro, Mario Semprine, e o assessor de gabinete dele, Marcos Beugger.

No encontro, a presidente repassou ao superintende a preocupação da categoria com os altos níveis de terceirização na Polícia Federal, especialmente na área de imigração. O superintendente disse concordar que a terceirização não é a melhor alternativa, mas culpou a falta de pessoal administrativo para o problema, afirmando que gostaria que o Governo autorizasse mais nomeações para a categoria.

Leilane apresentou pontos do projeto de atribuições defendido pelo SINPECPF, pelo qual ficará regulamentada a participação dos administrativos em atividades de fiscalização e de controle. Semprine disse concordar com a proposta e se comprometeu a colaborar com o que for possível.

Outro ponto abordado foi a indicação de servidores administrativos para chefias. O superintendente considera que a baixa compensação financeira para esses postos é que faz com que muitos administrativos não aceitem assumir esses postos. Leilane reconheceu que a questão é problemática, mas insistiu que é importante priorizar sempre os administrativos em setores que não são policiais.

Colaboração do SSDPFRJ — O SINPECPF aproveita a deixa para agradecer a colaboração do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro (SSDPFRJ), que cedeu seu auditório para a reunião e que tem sido um parceiro fundamental nas lutas da categoria no Rio de Janeiro.