A última parcela do reajuste salarial acordado entre os servidores públicos e o Governo Federal em 2012 está assegurada. O aumento engloba o PECPF e chegará no contracheque de janeiro — pago em fevereiro. Clique aqui para conferir como ficará a nova tabela salarial da categoria.
O ano novo também marca o início do segundo mandato da presidente Dilma Roussef. Até o momento, o discurso é de austeridade, com promessas de ajuste fiscal e de cortes de gastos públicos. O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o aprimoramento da gestão pública depende também da valorização dos servidores e que manterá o diálogo com todas as carreiras do funcionalismo público, ressaltando, contudo, que tudo se dará "dentro das limitações econômicas que temos".
"Buscaremos equilibrar as justas demandas dos servidores com a nossa capacidade financeira", acrescentou.
Entre as tesouradas da nova equipe econômica, a Polícia Federal já sofreu ao menos um baque: Dilma vetou a concessão dada pelo Congresso Nacional para que o órgão realizasse despesas extraordinárias com construção, ampliação, reforma, aquisição, novas locações ou arrendamentos de imóveis residenciais funcionais em faixa de fronteira.
E por falar em fronteira, vale lembrar que até hoje a Lei nº 12.855 (indenização de fronteira) segue sem regulamentação. Instituído em setembro de 2013, o benefício não é pago porque o Governo Federal ainda não definiu quais localidades devem ser abrangidas por ele. Com isso, o êxodo de profissionais de regiões de fronteira e de difícil provimento, fenômeno que a indenização visava combater, segue em ritmo acelerado. Ainda não há previsão de quando o benefício será regulamentado.
O cenário pede, portanto, mobilização. Está claro que nenhuma melhoria virá sem luta, sequer o tão prometido reajuste do auxílio alimentação, congelado em R$ 373 desde 2013. Com o pagamento da última parcela do acordo de 2012, os servidores estão livres para reivindicar. Nada mais justo, afinal, o último ajuste sequer cobriu as perdas advindas da inflação.
Na segunda quinzena de janeiro, quando boa parte dos colegas já tiver retornado ao trabalho, o SINPECPF promoverá Assembleia Geral Extraordinária para discutir qual será nossa estratégia de luta. É fundamental a participação de todos.
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