Em clima de Copa do Mundo, o SINPECPF entrou em campo na última semana e foi até o Edifício Sede para verificar o andamento de diversas demandas da categoria administrativa. Nomeação dos novos colegas, concurso de remoção, remoção dos colegas que ocupam cargos em extinção, destinação dos ultrabooks — esses foram alguns dos temas abordados nas conversas com os diretores do órgão.
Na reunião com o coordenador de recursos humanos da PF, Delano Cerqueira Bunn, o assunto predominante foi o concurso que preencherá vagas no PECPF e os desdobramentos do mesmo. O primeiro desses desdobramentos é o concurso de remoção. O resultado final do certame foi publicado na Portaria Nº. 1013/2014-DGP/DPF (BS 111, de 10 de junho). É importante frisar que os colegas contemplados ainda podem desistir da remoção. O prazo para pedido de desistência começa no dia 16 e vai até o dia 18 deste mês.
O secretário-geral do SINPECPF, Valdinar Júnior, quis saber como será o processo de remoção dos colegas que tiveram seus cargos colocados em extinção. Após reivindicação do sindicato, a Coordenação de Recursos Humanos concordou em realizar certame paralelo para colegas que se enquadram nessa situação.
Delano explicou que todos os pedidos encaminhados através do sindicato serão contemplados e que as remoções terão início após a posse dos novos servidores. Ele esclareceu ainda que os colegas também poderão desistir da remoção, bastando para isso encaminhar requerimento formal de desistência com pedido de juntada ao processo. “Estamos tocando cada remoção de forma individual, como se fossem remoções a pedido comuns, pois é mais prático dessa forma”, elucidou.
Posse dos novos servidores e curso de formação — Delano também confirmou a expectativa de que os aprovados no concurso para o PECPF sejam nomeados no dia 2 de julho. A PF prepara cerimônia de posse coletiva para o mesmo mês. A data, contudo, ainda não está definida.
Pela primeira vez haverá curso de formação para os aprovados em um concurso para a carreira administrativa. Ele será ministrado na Academia Nacional de Polícia em setembro, período escolhido para que todos os aprovados tenham tempo hábil para tomarem posse, entrarem em exercício e realizarem curso de capacitação à distância com duração de 100 horas. “É uma vitória para a categoria administrativa”, avaliou Valdinar. O sindicato irá agora sugerir a inserção de alguns conteúdos pertinentes para a melhor formação dos colegas.
Ultrabooks — O SINPECPF também conversou com o Diretor de Administração e Logística Policial (DLOG), Fernando Duran, e questionou a decisão da PF de destinar os recém-adquiridos Ultrabooks para policiais das regiões de fronteira. Segundo Duran, a justificativa está na origem das verbas: “O dinheiro veio de rubrica ligada ao Plano Nacional de Fronteiras, que estabelece que a destinação seja ligada à atividade policial”.
A afirmação é contestada pelo SINPECPF em ofício dirigido à Direção-Geral, tendo em vista que, no próprio Termo de Referência do edital para a compra dos equipamentos, consta como justificativa para a aquisição o fato de os “microcomputadores serem amplamente utilizados para a operação das atividades administrativas”. Para o sindicato, a questão maior é possibilitar que os equipamentos cheguem às mãos daqueles que mais necessitam deles, independente do cargo ocupado.
Carteiras funcionais — O sindicato também conversou com o Diretor Executivo (DIREX), Rogério Viana Galloro, e perguntou sobre as novas carteiras funcionais da PF. Galloro afirmou que o processo segue parado, sem definições sobre o modelo ideal. “Voltaremos a analisar isso após a Copa”, garantiu. Ele também confirmou que as carteiras dos novos servidores seguirão o modelo atual (sem brasão) porque pelo contrato atual somente este modelo poderia ser confeccionado.
O SINPECPF cobrou agilidade na solução da questão da carteira funcional. “Queremos o problema solucionado. O despacho autorizando a utilização do emblema já completou dois anos e a PF não toma providências para colocar a medida em prática”, protestou Valdinar.
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