O descaso praticado contra o funcionalismo nos últimos anos pode custar caro ao governo federal em 2014. Em pleno ano eleitoral e de Copa do Mundo no Brasil, servidores públicos avaliam se unir em um movimento coeso e massivo de protesto contra as perdas salariais e os sucessivos descumprimentos de acordo por parte do poder público.
Para planejar esta nova ofensiva, representantes de categorias que integram o Fórum de Entidades do Serviço Público Federal se reuniram ontem (14) na sede da Condsef. O SINPECPF participou do encontro e atestou que o descontentamento com o atual governo é unânime entre as entidades de classe. A opinião geral é que o governo se promove com o discurso de melhoria dos serviços públicos, mas na prática efetua arrochos fiscais que comprometem a qualidade da prestação do serviço.
As entidades querem agora dialogar com a população que saiu às ruas no ano passado para pedir serviços públicos de maior qualidade. A ideia é escancarar a omissão do governo federal, deixando claro que a luta dos servidores é a mesma da sociedade. Para tanto, as entidades vão se valer do clima de Copa do Mundo, associando a imagem dos servidores a de um time que entra em campo para defender os interesses da população.
Calendário de atividades – Durante a reunião do Fórum de Entidades, ficaram acertadas as datas das primeiras atividades da Campanha Salarial 2014. No dia 22 haverá ações nos estados para marcar o lançamento da campanha. No dia 5 de fevereiro, as entidades irão promover ato público em Brasília para pedir a reabertura das negociações com o governo federal.
Uma greve geral não está descartada e algumas entidades já sinalizam com indicativo de greve para março caso não tenham seus pleitos atendidos.
As reinvindicações do fórum são: 1) política salarial permanente; 2) paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; 3) definição de data-base; 4) regulamentação da negociação coletiva; 5) diretrizes de plano de carreira; 6) retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos; 7) paridade de benefícios entre os três poderes; e 8) cumprimento por parte do governo de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação.
As entidades também defendem a antecipação da parcela de 2015 dos acordos salariais firmados com o funcionalismo em 2012, como forma de aplacar os efeitos da inflação.
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