Um dos jornais de maior prestígio no mundo, o americano The New York Times, citou a série de reportagens do Congresso em Foco sobre os supersalários no Poder Legislativo em uma matéria publicada neste domingo (10). O texto faz uma relação sobre os altos valores pagos no setor público no Brasil e a relação deles com o desenvolvimento do país.
Segundo a matéria, o país paga a alguns funcionários públicos salários exorbitantes que ferem o limite constitucional enquanto outras carreiras têm salários deficitários, como os professores e policiais que em alguns lugares do país recebem apenas um salário mínimo.
Para ilustrar as desigualdades, o jornal comparou a situação de algumas áreas com o caso revelado pelo Congresso em Foco de que mais de que mas de 1,5 mil servidores do Senado e da Câmara dos Deputados recebiam salários de mais de R$ 28 mil.
O NYT referiu-se ao Congresso em Foco como um importante “watchgod group”, que em uma tradução literal significa “cão de guarda”, em uma referência à vigilância exercida pelo site sobre a política brasileira e a sua contribuição para o combate à corrupção no país.
Para o jornal americano, a situação tende a mudar, já que setores do próprio funcionalismo têm se espantado com os exageros, como a revogação de alguns supersalários no Tribunal de Contas de São Paulo feita pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, em dezembro do ano passado.
Por causa da divulgação dos supersalários, 50 processos foram impetrados em 2011 contra osite por funcionários
do Senado, motivados pelo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), que tiveram seus nomes divulgados por terem recebido salários acima do teto constitucional. A relação constava de uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2009.
Fonte: Congresso em Foco
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