Atendimento de qualidade, prestado por servidores de carreira, altamente qualificados. Assim está sendo a operação “Acertando os ponteiros”, mutirão organizado pelo SINPECPF para colocar em dia a emissão e entrega de passaportes no Distrito Federal após o fim da greve dos servidores administrativos da PF. A ação acontece no posto Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto e vai até às 19h00 desta sexta-feira (31).
Para conseguir dar mais celeridade ao atendimento, o SINPECPF conseguiu autorização para que servidores lotados em outros setores fossem deslocados hoje para o Na Hora. Com isso, o quantitativo de profissionais trabalhando no local subiu de 6 para 30 servidores. A prioridade da operação é a entrega de passaportes que estavam retidos durante a greve. Com o aumento do efetivo, a espera para receber o documento não tem ultrapassado cinco minutos.
Pessoas que agendaram atendimento para hoje estão sendo atendidas normalmente. Já quem perdeu o agendamento dos últimos dias em função da greve está sendo encaixado na medida do possível, dando-se preferência para casos de urgência (viagens a trabalho ou por motivo de saúde). A espera por atendimento também está menor, dificilmente ultrapassando 20 minutos.
De acordo com a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, não está descartada a realização de novo mutirão para retomar o cronograma do setor. “Se verificarmos que o trabalho continua atrasado, poderemos repetir a operação”. Ela explica que o ato visa compensar a população pelos transtornos causados pela greve. “Nunca foi nossa intenção prejudicar a população. Apenas queríamos chamar a atenção para os problemas que enfrentamos na PF”.
O casal de aposentados Dinaldo Bizzaro do Santos e Elba Pinheiro dos Santos aprovou a iniciativa do SINPECPF. “O atendimento foi excelente. Fomos recebidos rapidamente e os servidores foram extremamente atenciosos”, registraram. A corretora Flaviane Oliveira Penha também parabenizou a iniciativa do sindicato. “É bom ver que a categoria se preocupa com a população”.
Recado contra a terceirização – Trajando camisetas com os dizeres “PF sem terceirização”, os administrativos também fazem da operação em Brasília um protesto contra o aumento da terceirização em setores da Polícia Federal, em especial o de passaporte. “Infelizmente não pudemos repetir a operação em todo o país porque a terceirização já é muito forte em alguns estados”, explica Leilane.
Com a operação, os administrativos esperam mostrar que o atendimento prestado pelo servidor de carreira é mais eficiente e que o grau de comprometimento do servidor público é muito maior que o visto em profissionais contratados. “Hoje não existe controle sobre quem é contratado pelas empresas terceirizadas”, afirma Leilane. “Elas precarizam a mão de obra pagando salários baixíssimos para conseguir maior margem de lucro. Isso precisa acabar”, protesta.
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