Diante de grave crise funcional na Polícia Federal, nesta quinta-feira (19) policiais fizeram operação-padrão em todos os aeroportos e postos de fronteiras do País em protesto contra o número de funcionários terceirizados que exercem funções de competência dos servidores da PF.
Nas manifestações ocorridas no Aeroporto Internacional de Brasília, onde estiveram presentes o presidente da FENAPEF, Marcos Wink, o presidente do SINDIPOLDF, Jones Borges Leal, e a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro, cerca de 160 servidores da PF participaram da mobilização, separados em grupos onde uns atuavam no controle e fiscalização dos passageiros e outros na entrega de panfletos explicativos sobre a precariedade dos serviços de segurança. Vale destacar também a presença de servidores administrativos no movimento, compactuando contra a terceirização irregular das atividades exclusivas dos servidores da Polícia Federal.
Segundo a FENAPEF, as operações-padrão não prejudicaram no embarque e no desembarque dos passageiros. "Nosso objetivo é mostrar aos cidadãos a insegurança dos aeroportos brasileiros, a terceirização das atividades dos policiais e a desvalorização da categoria", afirmou o presidente da federação, Marcos Wink. Por outro lado a presidente do SINPECPF ressaltou que a maioria das atividades administrativas estão sob o comando de terceirizados, principalmente nas atividades de imigração e passaporte. “A terceirização irregular nos aeroportos brasileiros ocorre não somente nas funções policiais, mas também nas atribuições de competência dos servidores do PECPF”, acrescentou a presidente.
Reunião com chefe da DELEMIG/SR/DF
A presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro, aproveitou o movimento para se reunir com o chefe da Delegacia de Polícia de Imigração do Distrito Federal, Delegado de Polícia Federal, Marcos Paulo Coelho. No encontro o delegado afirmou que a situação ideal necessitaria do dobro de servidores administrativos atuando na fiscalização do passaporte, que hoje conta com 12 profissionais. Já na imigração, a necessidade seria de cinco servidores administrativos. A presidente se surpreendeu com a afirmativa, já que em uma delegacia menor que a do DF a necessidade seria muito maior. Entretanto, o delegado atestou sua informação quanto à necessidade de servidores. Por outro lado, Marcos Paulo afirmou que atualmente não conta com funcionários terceirizados em virtude de encerramento de contrato. O SINPECPF avalia que o delegado pretende preservar as informações.
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