O SINPECPF promoveu na última terça-feira (6) mais um encontro com os filiados lotados nas superintendências estaduais. Desta vez foi a vez dos colegas paraibanos fazerem sua avaliação sobre a situação atual da carreira administrativa, debatendo ainda a atuação do sindicato frente às principais demandas da categoria. Como a reunião ocorreu em plena semana de Joids, alguns servidores não puderam comparecer, mas colegas de Maceió, que ainda não tiveram sua reunião, marcaram presença e ajudaram a tornar a discussão ainda mais proveitosa.
A abertura dos trabalhos ficou a cargo do representante estadual do SINPECPF na Paraíba, o colega Alexandre Marinho Costa, que teceu breve panorama sobre a realidade da região. Marinho também falou sobre as principais dificuldades encontradas em sua atuação como representante. Na opinião dele, os encontros nos estados são importantes porque sempre há filiados que desejam ter suas perguntas respondidas diretamente pela presidente do sindicato. “Mesmo que o representante tente fazer o seu melhor, há sempre um espaço que precisa ser preenchido pela diretoria”, avaliou.
Vivendo cercados por paisagens belíssimas, era natural que os colegas paraibanos não tivessem muitas queixas com relação a stress. Entretanto, a preocupação com o futuro da categoria é a mesma vista nos demais estados: todos queriam saber como estavam as negociações pela reestruturação da carreira. Respondendo às dúvidas, a presidente Leilane Ribeiro de Oliveira comentou a recente reunião que o sindicato teve com a Direção-Geral da PF, na qual o diretor-geral Leandro Daiello Coimbra revelou estar articulando novos apoios no Executivo com o objetivo de sensibilizar o Ministério do Planejamento. “É uma boa iniciativa, visto que está difícil avançar no Planejamento”.
Leilane fez questão de enfatizar que as negociações com o Planejamento não serão abandonadas e que o sindicato já negocia a realização da oficina em uma nova data, provavelmente em janeiro. A presidente lembrou ainda que a PF terá papel importante nessa nova fase de negociações. “Embora não aceite participar de uma oficina, a PF concorda em negociar em conjunto com o sindicato pela reestruturação”, explicou, revelando que o diretor de gestão de pessoal, Marcelo Leite Valeixo, já solicitou ao Planejamento nova reunião para debater a reestruturação, com a presença do SINPECPF.
Sabendo que a reestruturação está intimamente ligada à valorização da categoria administrativa, a presidente aproveitou para dar um recado que se estende para os colegas dos demais estados: “se quiser ser valorizado, o PECPF precisa mostrar seu valor”. Para a presidente, a categoria não pode abrir mão de ocupar espaços estratégicos em chefias e direções do órgão. “Em todos os estados os superintendentes argumentam que o desvio de função de policiais muitas vezes acontece porque não há administrativos dispostos a assumir determinados postos de trabalho. Sei que assumir a responsabilidade de uma chefia não é fácil, mas devemos comprar esse desafio”, avaliou.
A presidente cobrou ainda que os servidores estejam sempre em busca de mais capacitação. “Não podemos deixar de nos inscrever nos cursos oferecidos pelo órgão, ou mesmo de buscar conhecimento fora”, observou, destacando a importância de jamais se acomodar.
Reunião com o superintendente – A reunião com o superintendente da Paraíba, Marcelo Diniz Cordeiro, começou mais tensa que o habitual, mesmo não havendo queixas dos servidores com relação à gestão dele. Isso porque o superintendente não gostou da postura combativa do sindicato com relação aos desvios de função de policiais praticados em todo o país. “Não concordo com isso. Temos que trabalhar com aquilo que temos em mãos já que hoje faltam servidores”, justificou-se.
A presidente do SINPECPF lembrou que é papel do sindicato cobrar a melhora das condições de trabalho no órgão, e isso inclui o combate ao desvio de função e a terceirização irregular. “Só me preocupo que essa cobrança venha denegrir o bom nome da PF”, rebateu o superintendente. Leilane esclareceu que não é o caso. “Queremos zelar pelo bom nome do órgão, que pode ruir não pelas nossas denúncias, mas por essas práticas”, pontuou.
Com os devidos esclarecimentos, o clima amenizou e o debate por melhorias nas condições de trabalho na superintendência pode ser retomado. A principal crítica dos servidores era com relação ao local do novo prédio da Superintendência, afastado do centro de João Pessoa, em região de escassa infra-estrutura e sem serviço de transporte coletivo. A presidente solicitou que a Superintendência procure o governo municipal para solicitar que uma linha de ônibus passe pela região. “Isso não ajudaria somente os servidores, mas também a população que necessita do atendimento da PF”, destacou. O superintendente se comprometeu a trabalhar em uma solução para o problema.
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