Na última segunda-feira (8), a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira esteve reunida com os servidores administrativos lotados na Superintendência de Aracaju – SE, em encontro no qual ficou nítida a desmotivação desses servidores. Segundo os colegas sergipanos, tem sido cada vez mais difícil acreditar nas promessas de melhora oferecidas pelo governo, visto que até hoje a reestruturação da carreira não saiu do papel.
Logo no início do encontro, Leilane disse partilhar do descontentamento expressado pelos colegas, pois também se sente desvalorizada pelo órgão. Entretanto, ela disse utilizar a insatisfação como fator motivador para lutar por melhorias para a categoria. “O SINPECPF continua lutando para que a reestruturação aconteça, bem como para que nossas remunerações sejam reajustadas. Embora essas conquistas ainda não tenham se concretizado, já comemoramos vitórias como a extensão da atividade física e o fim da discriminação nos crachás”, constatou.
Leilane também enfatizou a importância da postura aguerrida do sindicato nos debates referentes à Lei Orgânica e ao projeto de lei em análise no Ministério do Planejamento. Segundo a presidente, essas negociações avançaram graças ao empenho do sindicato. “Diziam que nossas demandas não seriam debatidas pelos parlamentares, e o que ocorreu foi o inverso: nos tornamos parte central das discussões. No Planejamento, afirmaram que nossa proposta era inconstitucional, e então fomos atrás de argumentos que contestavam essa afirmação. Hoje, o Planejamento já concorda em elaborar um projeto de reestruturação que siga os moldes do que foi proposto para a AGU”, destacou.
Consciente de que Sergipe ainda não conta com um representante do SINPECPF, Leilane enalteceu a importância de os filiados se reunirem para eleger um. “O representante é peça fundamental nas atividades do SINPECPF. Com a ajuda dele, podemos realizar mais facilmente qualquer ação, o que ajuda a manter a motivação alta”. A presidente também destacou que o sindicato pretende contribuir com a confraternização de final de ano de todos os estados que contarem com representação. “Essa é uma forma de incentivar que cada estado escolha seu representante. Acho bastante razoável, pois é impossível que não haja em cada estado uma pessoa capaz de assumir essa responsabilidade”.
Os servidores presentes questionaram a presidente acerca da reestruturação das chefias promovida pela direção-geral. Para Leilane, a medida precisa ser revista para garantir que as chefias de setores administrativos sejam preferencialmente ocupadas por servidores do PECPF. “Antes de ingressar no órgão, o servidor faz a opção por concorrer a um posto como policial ou administrativo. Inverter as posições já dentro do órgão é algo imoral, e estamos analisando quais ações podemos realizar para coibir esta prática”, concluiu.
Conversa com o Superintendente em Exercício
Em reunião com o superintendente em exercício, Sidney de Oliveira Atis, a presidente do SINPECF alertou sobre o alto grau de desmotivação verificado durante a reunião com os servidores administrativos. “Sabemos que a isso acontece em boa parte devido à demora do governo em reestruturar nossa carreira, mas acho que Superintendência deve tomar medidas pontuais para reverter este quadro”, disse a presidente.
Para tanto, a presidente pediu que a Superintendência acolha melhor as sugestões dos servidores para a realização de cursos de capacitação. “Houve reclamações quanto a essa postura durante nosso encontro”, destacou a presidente. Segundo Sidney, a Superintendência é favorável à realização desses cursos, porém, eles acabam sendo indeferidos em função da falta de recursos.
Em relação à desmotivação, Sidney concordou que o baixo salário faz com que muitos dos servidores administrativos passem a procurar melhores oportunidades fora do órgão, mas que isso não justifica acomodação por parte do servidor. Para Leilane, a Superintendência deveria solicitar a visita de um assistente social para que sejam verificados eventuais problemas no ambiente de trabalho. Sidney afirmou ter gostado da sugestão, comprometendo-se a levá-la ao conhecimento do superintende.
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