O Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SinpecPF) está cobrando agilidade do governo federal na aprovação da proposta do projeto de lei que reestrutura a categoria. A matéria cria três mil vagas no quadro de apoio da corporação, para preenchimento por concurso, sendo duas mil de técnico administrativo (dos níveis médio e médio/técnico), com vencimentos iniciais de R$2.043,17, e mil de analista técnico administrativo, para R$2.153,72, no nível superior.
Devido à demora na análise da proposta – a minuta do projeto de lei está no Ministério do Planejamento desde o início de março, encaminhada pelo Ministério da Justiça -, a categoria decidiu por paralisar as atividades em praticamento todo o país nesta quinta-feira, dia 15. De acordo com a presidente do SinpecPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, a proposta está parada no Departamento de Relações de Trabalho (Dert), que faz parte da Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Planejamento. "O projeto está lá desde o dia 1º de março, sem movimentação nenhuma. Todos os dias ligo para lá e tento falar com a senhora Marcela Tapajós, que é quem estaria responsável pela análise desse projeto. Ela nunca nos recebeu", protestou.
Para a sindicalista, não há motivo para a demora na aprovação, pois o conteúdo da proposta já havia sido analisado quando fazia parte da projeto da Lei Orgânica da Polícia Federal. "Para nós não há mais o que negociar com relação a esse texto", afirmou, acrescentando que a categoria não abre mão da criação das vagas, devido à grande carência de servidores administrativos em todo o país. "O serviço administrativo é fundamental na Polícia Federal. Somos nós que damos todo o suporte para que o policial possa trabalhar."
Com relação à reclamação do sindicato, Marcela Tapajós, diretora do Dert, respondeu à FOLHA DIRIGIDA, na última quarta, dia 14, que o processo de reestruturação dos servidores administrativos da PF está em análise, juntamente com diversos outros pedidos dos órgãos para criação de carreiras e que à SRH cabe fazer uma análise sistematizada de toda a gestão de pessoas no Executivo. Segunda ela, não é possível afirmar que o texto da proposta já chegou à secretaria negociado.
Quanto à realização de concurso para o preenchimento das vagas a serem criadas, Leilane de Oliveira afirmou que com a reestruturação sendo votada e aprovada no Congresso Nacional – para onde a proposta seguirá após deixar o Planejamento e passar pela Casa Civil – o ideal é que a seleção seja aberta o quanto antes. "Estamos muito sobrecarregados. Hoje somos 19,9% do efetivo da Polícia Federal no Brasil. É o menor índice dos últimos 30 anos", alertou, acrescentando que no FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, a proporção é de três servidores administrativos para cada policial. Segundo o sindicato, atualmente há 2.842 servidores administrativos em atividade na PF.
Fonte: Anderson Borges www.folhadirigida.com.br
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