Em cerimônia realizada nesta terça-feira, dia 30, no Instituto Nacional de Identificação, em Brasília, a Polícia Federal promoveu o lançamento da mais nova ferramenta de combate ao crime desenvolvida pela corporação: o Projeto Horus, que consiste numa plataforma para elaboração de retratos falados com qualidade fotográfica. O evento contou com a presença de diversos diretores da Polícia Federal, entre elas, o diretor geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, o diretor do Instituto Nacional de Identificação (INI), Marcos Elias Araújo, e o diretor técnico-científico da PF, Paulo Roberto Fagundes.
O Horus foi totalmente desenvolvido por Papiloscopistas Policiais Federais e servidores administrativos do INI, utilizando-se de recursos próprios, sem custos significativos para a Polícia Federal. Segundo estimativas do DPF, o desenvolvimento do Horus proporcionará grande economia aos cofres públicos, uma vez que cada unidade de um programa concorrente não custaria menos de R$ 20 mil ao erário. Luiz Fernando Corrêa adiantou que a utilização da ferramenta será, em breve, estendida a outros setores da segurança pública nacional, como a Polícia Civil, mediante convênios.
A inovação apresentada pelo projeto consiste na criação de um banco de imagens coloridas em alta definição e no desenvolvimento de um conjunto de técnicas de equalização de tons de pele, inserção de marcas e acessórios, projeções de envelhecimento e simulação de disfarces. Segundo o diretor do INI, o Horus ainda prima pela funcionalidade, exportando imagens por camadas e sendo totalmente compatível com o famoso programa de edição de imagens Photoshop.
O diretor geral explicou que, embora o Horus tenha sido concebido para atender às necessidades típicas da investigação brasileira, pode ser facilmente adaptado para outros países, permitindo ao DPF exportar tecnologia genuinamente nacional. “São em momentos assim em que bate forte o orgulho de ser parte da Polícia Federal”, ressaltou Luiz Fernando.
Durante a cerimônia, houve uma pequena demonstração do funcionamento da plataforma, e o que se viu foi um programa extremamente funcional, que facilita o trabalho dos peritos na identificação de criminosos. Destaca-se a qualidade da inteface do sistema, elaborada pelo agente administrativo Jade Kende Gonçalves Umbelino, servidor do plano especial de cargos da PF. O Horus fornece uma vasta gama de modelos faciais, cortes de cabelos, desenhos de olhos, nariz e bocas, entre diversos outros detalhes, que podem ser combinados em infinitas possibilidades, permitindo a simulação de qualquer tipo de rosto para a análise da vítima. O sistema também poderá ser utilizado em projeções de envelhecimento de pessoas desaparecidas. Inicialmente, 100 papiloscopistas policiais federais receberão treinamento para usar a nova ferramenta.
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