Ao receber o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF) e a Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF) na tarde desta quinta-feira, dia 7, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, falou de sua disposição em desencadear um processo de negociação por uma nova tabela salarial para os cargos de técnico e analista administrativos da Polícia Federal.
A inclusão dos cargos de técnicos e analistas no projeto de lei que dispõe sobre a divisão em classes e padrões de promoção dos cargos policiais da PF é consenso entre as diversas entidades de classe da Polícia Federal, cujos dirigentes assinaram em conjunto o documento entregue ao diretor-geral. Luiz Fernando ressaltou que essa é a estratégia correta e fortalece o seu poder de negociação junto ao Ministério do Planejamento e, posteriormente, junto à Casa Civil da Presidência da República.
Na reunião, o SINPECPF esteve representado pela presidente, Hélia Cassemiro, pela vice-presidente, Pauleana Martins Nunes, pela representante do sindicato no Rio Grande do Sul, Cleuza Menezes, e pelo secretário-geral, Fabiano Mendes Fernandes, estava ainda o presidente da FENAPEF, Marcos Wink, e o diretor Francisco Carlos Sabino. A FENAPEF também assina o documento conjunto das entidades de classe.
No último dia 27 de abril, as mesmas entidades entregaram Ofício de igual teor ao chefe-de-gabinete do Ministério da Justiça, Ronaldo Teixeira. Na ocasião, Ronaldo Teixeira disse que a reivindicação é legítima. Outro ofício será entregue nesta sexta-feira, dia 8, no Palácio do Planalto, dirigido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Hélia Cassemiro disse que a inclusão da tabela no projeto de lei e a união das entidades em torno do tema, é mais um passo para fortalecer a Polícia Federal: “O momento político é propício para conseguirmos, além da denominação de nossos cargos, que já está no texto da Lei Orgânica, a nova tabela salarial, que é fundamental para evitar a evasão de servidores para outros órgãos e fazer justiça aos profissionais”.
Marcos Wink reiterou que o pleito é consenso e fundamental a inclusão da nova tabela salarial do PECPF em conjunto com os demais cargos: “A união é muito importante para que a luta pela valorização dos servidores seja vencida”.
Pauleana disse que os servidores do PECPF esperam um apoio incondicional do diretor-geral na conquista de uma nova tabela salarial: “Acreditamos na força política da instituição e sabemos que ela vai pesar muito no processo de negociação”.
Cleuza Menezes falou que, atualmente, falta estímulo aos servidores e que isso tem levado a uma grande evasão dos profissionais em busca de melhores salários. O quadro de servidores está defasado e, para suprir as necessidades, a instituição tem recorrido à terceirização: “Existe um Termo de Ajustamento de Conduta, assinado pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Ministério do Planejamento, que define 2010 como prazo limite para o fim da terceirização no serviço público federal, portanto, é preciso que se ofereça remuneração atrativa para que a Polícia Federal tenha profissionais cada vez mais qualificados, para a realização do novo concurso, que é esperado desde 2007 pela categoria”.
Luiz Fernando Corrêa disse que, em seu entendimento, um novo concurso só deve ser realizado após a conquista de uma tabela salarial que realmente valorize os profissionais da instituição: “Caso contrário estaremos em constante rodízio de servidores já que a atual remuneração não é competitiva para manter bons servidores na corporação”.
Os servidores do PECPF devem reforçar a mobilização, discutindo com os colegas esse tema tão importante. Vamos trabalhar para obter uma tabela salarial que faça justiça aos integrantes do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal.
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