O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, decide esta semana como será feito o pagamento dos reajustes salariais garantidos pela Medida Provisória 431/08 a mais de 800 mil servidores civis, sem falar no pagamento do retroativo.
O ministro estuda se faz o depósito ainda em junho, por meio de folha suplementar, ou se o dinheiro será repassado apenas no início de julho, quando sairá o salário referente a junho.
Alguns servidores chegaram a consultar os contracheques de maio pela internet, na esperança de ver o salário reajustado, mas constataram que não havia mudança nos valores.
O governo alega falta de tempo para incluir os novos valores na folha de pagamento dos civis, mesmo tendo as negociações para a concessão do reajuste começado há quase um ano e o acordo com as 17 categorias que serão beneficiadas ter sido selado no dia 14 de março.
Os sindicatos que representam os servidores estão na torcida por uma folha suplementar. Na avaliação das entidades que representam o funcionalismo federal, quanto mais cedo o governo pagar os atrasados menor será o prejuízo.
Servidores querem reunião
Os sindicatos estão tentando marcar uma reunião com o Ministério do Planejamento para hoje, ainda, com o objetivo de garantir a edição de uma folha suplementar.
Fontes de governo informam que a questão não é bem o tempo, como afirma o ministro Paulo Bernardo, mas a falta de recursos em caixa para essa despesa, já que para garantir o reajuste, o governo vai precisar de autorização do Congresso Nacional de um crédito extra de mais de R$ 7 bilhões.
O dinheiro estava previsto na MP 430/08. Só que em virtude de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou inconstitucional medida provisória do governo que liberava crédito adicional, o Planalto precisou enviar um projeto de lei para conseguir a verba.
Embora tramite em regime de urgência, o projeto ainda não foi votado.
(Fonte: Ponto do Servidor – Jornal de Brasília)
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