A greve dos servidores de apoio da Polícia Federal entra no 13º dia com mais força após assembléias realizadas na tarde desta segunda-feira em todo o País. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SinpecPF), Hélia Cassemiro, outros setores que trabalhavam em regime parcial de atendimento aderiram totalmente ao movimento
Entre os servidores que decidiram parar estão os do plantão da Academia de Polícia; do Instituto Nacional de Identificação (INI) – responsável pela emissão de passaportes – do setor de Psicologia, órgão que emite e renova a licença de portes de armas de fogo, e setor de Protocolo. Além disso, a presidente do SinpecPF lembra que, com a greve do setor de apoio, a tramitação de processos fica paralisada, mesmo com o trabalho efetivo dos agentes e delegados.
Na reunião desta segunda-feira, a categoria aprovou o conteúdo da contra-proposta apresentada pela Polícia Federal. Ela será apreciada pelos ministérios do Planejamento e da Justiça. Como novidade, o órgão reconhece a necessidade de mudança na tabela que estrutura as funções dentro da entidade. Segundo Hélia Cassemiro, novos cargos serão criados e agregados à estrutura da PF.
“A nova tabela prevê a divisão e classificação das atividades administrativas e de apoio da forma como sempre lutamos, ou seja, em analistas e técnicos da Polícia Federal”, afirmou. Outra garantia aos servidores presente na contra-proposta está a manutenção do pagamento da Gratificação Específica de Apoio Técnico-Administrativo à Atividade Policial Federal (GEAPF). Embora ela ainda continue a ser paga, corre o risco de ter seu pagamento suspenso, segundo informou a presidente do SinpecPF.
Hélia Cassemiro afirma que está otimista quanto ao andamento das negociações e acredita que os funcionários devem voltar ao trabalho em breve. Mas a presidente do SinpecPF afirma que, a partir de agora, não há assembléias agendadas. “A categoria está disposta a permanecer mobilizada até o governo se manifestar”, promete. No Brasil, a PF possui cerca de 3,5 mil servidores administrativos – 1,1 mil deles em Brasília. Atualmente, o salário inicial de um servidor administrativo da PF é de R$ 1.900,00 – nível médio, e de R$ 2.100,00, se for de nível superior, valores que contrastam com os cerca de R$ 13 mil mensais de um delegado, por exemplo.
Fonte: Correioweb/Arnaldo Júnior
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