Amanhã, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher.
Melhor dizer: “Dia da Guerreira”. E não poderia ser diferente. Este dia entrou para a História como marco da importância das mulheres nas relações trabalhistas.
Consideradas “inferiores”, as mulheres “operárias” de uma indústria têxtil americana mostraram o quanto podem influenciar nas políticas trabalhistas. E foram muito além. A despeito das imposições patronais, brigaram pela diminuição da carga horária diária de trabalho, de 16h para 10h. Isso foi em 1857 e essas guerreiras ganhavam menos de um terço do salário dos homens.
A luta dessas mulheres continua, de certa forma, até hoje – em pleno século XXI.
Essas guerreiras pagaram com a vida um grande preço pela “ousadia”.
E que essa garra continue a iluminar os caminhos das mulheres ousadas, decididas, e que têm no trabalho – público ou privado – muito mais do que uma simples ocupação.
Na foto acima está Ivonete da Costa Sales, servidora do PECPF, filiada e atuante na luta do nosso Sindicato.
Origem – No dia 8 de março de 1857, operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, como reivindicação pela diminuição da carga horária diária de trabalho, de 16h para 10h. Estas operárias – que recebiam menos de um terço do salário dos homens – foram fechadas na fábrica onde se iniciou um incêndio. Cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women”s Trade Union League, associação que tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho. Cinco anos depois, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque protestando pelo mesmo motivo das operárias no ano de 1857, além de reinvidicarem o direito de voto. Caminhavam sob o slogan Pão e Rosas, em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Na Conferência Internacional de Mulheres realizada na Dinamarca em 1910, ficou decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Esta data, porém, só foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas em 1975.
O homem e a mulher
(por Victor Hugo, escritor e poeta francês de grande atuação política em seu país.)
O homem é a mais elevada das criaturas
A mulher o mais sublime dos ideais
Deus fez para o homem um trono
Para a mulher um altar
O trono exalta
O altar santifica.
O homem é o cérebro
A mulher o coração
O cérebro fabrica a luz
O coração fabrica o amor
A luz fecunda
O amor ressuscita.
O homem é gênio
A mulher é anjo
O gênio é imensurável
O anjo é indefinível
Contempla-se o infinito
Admira-se o inefável.
A aspiração do homem é a suprema glória
A aspiração da mulher é a virtude extrema
A glória faz o grande
A virtude, o divino.
O homem tem a supremacia
A mulher a preferência
A supremacia significa a força
A preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão
A mulher é invencível pelas lágrimas
A razão convence
As lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos
A mulher, de todos os martírios
O heroísmo enobrece
O martírio sublima.
O homem é um código
A mulher um evangelho
O código corrige
O evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo
A mulher é um sacrário
Ante o templo nos descobrimos
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa
A mulher sonha
Pensar é ter no crânio uma luz
Sonhar é ter na fronte uma auréola.
O homem é um oceano
A mulher é um lago
O oceano tem a pérola que adorna
O lago a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa
A mulher o rouxinol que canta
Voar é conquistar o espaço
Cantar é conquistar a alma.
O homem tem um farol, a consciência
A mulher uma estrela, a esperança
O farol guia
A esperança salva
Enfim: O homem está colocado onde termina a terra
E a mulher onde começa o céu.
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** Na foto acima está Ivonete da Costa Sales, servidora do PECPF, filiada e atuante na luta do nosso Sindicato.
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